"Twenty One Pilots, uma rota de fuga", confira a tradução da entrevista dada por Tyler ao Excélsior.
Tyler deu uma entrevista exclusiva ao jornal mexicano Excélsior, onde falou sobre a ideia por trás do novo mascote, "Trash" e também explicando o porquê deles terem abraçado o pop e a positividade no Scaled And Icy.
Trazemos pra vocês a entrevista completa e traduzida para que possam ficar por dentro de tudo o que foi falado.
Twenty One Pilots parece operar como se fossem DC e Marvel Comics com seus reboots constantes após os eventos mais chocantes em seus universos, "Scaled And Icy" representa perfeitamente esta analogia: Tyler Joseph (vocal) e Josh Dun (bateria), membros da dupla, entraram em um ano zero com seu sexto álbum, agora disponível nas plataformas.
Primeiramente porque não se parece com nada gravado anteriormente, ambos os músicos introduziram o mundo pop e o mainstream para seus raps e suas baterias de punk rock, e em segundo lugar, Ned, a "barriga" amigável que havia estrelado na era Trench e carregava a criatividade de Tyler em sua posse, desapareceu.
"Mas 'Trash, The Dragon' veio comigo, ele é o poder de deixar a imaginação correr solta, para alcançar alturas fantásticas que você nunca pensou. Trash voou ao redor do estúdio, pousou e disparou uma onda de fogo para dar vida ao álbum."
"Sua estética e nome vem sobre como eu reimaginei a figura de um abutre, que era uma figura primária para gravar Trench. Também porque há um pequeno brinquedo azul dentro do meu estúdio", explicou Tyler em entrevista à Excélsior, via Zoom.
Compartilhando os primeiros vídeos do álbum, "Shy Away" e "Choker", o fandom de Twenty One Pilots notou que Ned não estava listado. A história é a seguinte: Tyler, seu criador, deixou Josh no comando e os dois viveram juntos por um tempo, mas o baterista é um pouco sem noção, deixou a porta aberta e fugiu. Eles não sabem sobre o paradeiro dele. O cantor espera que Trash não tenha o comido e que possam viver juntos em paz.
Scaled And Icy também cobra com seu próprio significado, arredondando as boas vibrações dos novos papéis.
"Tinha que ser uma rota de fuga. Eu não queria ter as mesmas vibrações de alguns anos atrás, por exemplo, todo esse positivismo é novo para nós. Há uma parte que me frustrou, não vou negar, mas é engraçado sair do circuito com essas músicas. Por outro lado, eu pude estar na minha casa montando este novo capítulo."
"Eu também me tornei pai e pude estar no primeiro ano da minha filha Rosie sem ter que sair por meses de casa. É uma reviravolta onde, novamente, há uma auréola positiva em todo o caos", compartilhou.
A paternidade muitas vezes trouxe cor à vida subtraída do enrolado Tyler, que sublinhou isso.
"Provavelmente, sob outras circunstâncias, eu nunca teria feito minha música desta maneira. Há uma consciência em cada composição que se torna dramática, mas é disso que se trata: tem o poder de conter e expulsar a mistura de sensações e sentimentos mais fortes dentro do ser", disse ele.
Como são, Twenty One Pilots começa com uma ode para dar a melhor cara aos maus momentos com "Good Day", "Saturday" traz cor a um enquadramento romântico e "Formidable" traz um toque brega que, de fato, nunca teríamos pensado que o grupo entraria em um modo simples e alegre.
Mas não entre em pânico, eles não esqueceram os fãs hardcore: "No Chances" preserva a atmosfera sombria e o turbilhão de rimas que alguns estão acostumados, e "Never Take It" os introduziu a uma atmosfera glam, de modo a não ter uma criação tão radical.
Acontecimentos da Livestream Experience.
Na noite de sexta-feira, Twenty One Pilots deu uma prévia do que poderia ser sua turnê para promover seu novo álbum.
Eles foram colocados em seu mundo alternativo, Dema, parte do conceito fictício de Trench.
Trash apareceu como parte das mudanças de palco.
Trees, Lane Boy e Stressed Out fizeram parte dos singles com novos arranjos.
Cada mudança de cenário os referia a épocas passadas.
O show durou 60 minutos.
Tradução por: Banditos At Dema
